1 ano de pandemia: o que o setor imobiliário aprendeu com os lockdowns?
Já se passou um ano desde o início da pandemia de coronavírus… e todo mundo teve de se adaptar. No ramo imobiliário não foi diferente. Criatividade, resiliência e tecnologia foram os ingredientes necessários para a transformação do setor
Com a pandemia de coronavírus e os lockdowns, o setor imobiliário teve de buscar soluções para não parar. No meio da crise, uma tendência que já vinha sendo percebida há algum tempo ganhou ainda mais força: o uso de novas tecnologias seria irreversível.
E foi assim, com criatividade e com o uso de ferramentas e aplicativos, que imobiliárias e corretores de imóveis entenderam que seria possível, sim, dar uma turbinada nos “matchs” entre compradores, locadores e proprietários de imóveis – mesmo em meio à pandemia!
O que veremos a seguir:
- Com pandemia e lockdowns, como o setor imobiliário se adaptou?
- Quais as principais lições aprendidas pelo setor?
- E por que isso é bom para o cliente?
Coronavírus, lockdowns nosso poder de adaptação
Uma coisa é certa: nem o melhor analista de mercado conseguiu prever que, em 2020, teríamos uma pandemia tão paralisante quanto a que tivemos com o coronavírus.
Da mesma forma, até mesmo o estudioso mais bem preparado em projetar cenários de crise deve ter ficado surpreso com a imensa capacidade de adaptação das pessoas.
E quando muitos anunciavam o caos, eis que começaram a aparecer soluções. No setor imobiliário, essas soluções vieram acompanhadas das lições que veremos a seguir.
1. Nem tudo pode ser previsto
Não dá pra prever tudo o tempo todo. Nem mesmo os melhores “esquemas matemáticos” são capazes de prever convulsões sociais ou crises sanitárias motivadas por fatores até então desconhecidos. E de uma coisa podemos estar certos: sempre teremos de lidar com situações semelhantes daqui por diante. Aliás, aprendemos que num mundo globalizado, uma epidemia em qualquer país distante, logo pode virar uma pandemia.
2. Planejar é preciso… economizar, também
É por isso que será cada vez mais vital para imobiliárias de todos os portes, e também para as famílias, o papel do planejamento de longo prazo e da economia de recursos.
Planejar para saber onde estamos, para onde vamos… e um “plano B” caso tudo dê errado. E economizar para que haja recursos quando vier tempos de “vacas magras”.
É fácil enfrentar uma crise? Não, nunca é. Mas quando se tem recursos e planejamento, é evidente que a situação pode ser um pouco menos traumática. E essa é a segunda lição!
3. Digitalização de processos
Outra lição pra nossa lista: processos e procedimentos imobiliários serão cada vez mais digitais. Hoje em dia, várias transações comerciais já são feitas totalmente em formato eletrônico, tudo isso utilizando plataformas que certificam a autenticidade da transação.
No âmbito das imobiliárias, será cada vez mais comum, por exemplo, que contratos e outras papeladas sejam assinados virtualmente, otimizando o tempo não apenas do cliente, mas também dos corretores. Assim, todos saem ganhando: o cliente vai curtir a casa nova mais rapidamente, e o corretor poderá ir atrás de outros bons negócios. 😉
4. Adaptação às novas tecnologias
Claro que um dos maiores aprendizados com os lockdowns foi a necessidade de se utilizar tecnologias de ponta para coisas que, até agora, eram feitas presencialmente.
Exemplos:
- Ida à localidade do imóvel pode ser feita pelo Google Maps;
- Visita ao imóvel pode ser substituída com o tour virtual e as fotos 360º;
- Fotos de imóveis passam a estar acompanhadas de vídeos feitos com drones (mostrando a vista panorâmica da região e criando uma melhor experiência visual).
Juntamente com isso, a relação humanizada ainda será essencial: o cliente precisa ouvir a voz do corretor, ver que ele está fazendo um atendimento personalizado, sendo atencioso. Lembre-se: a tecnologia nunca substituirá esse contato pessoal – ainda que a distância.
5. O escritório pode ser menor
Chegamos à última lição. E essa é legal porque gera economia! Com a adoção do home office, o setor entendeu que boa parte dos escritórios imobiliários – muitas vezes ocupando um andar inteiro – não precisava mais ser “do tamanho que era”. Podia ser menor.
Além de beneficiar o funcionário, que em cargos administrativos passaram a trabalhar tranquilamente de casa, em alguns casos isso ainda representou economia para a empresa, uma vez que passou a alugar um espaço menor, menos dispendioso.
Com menos custos, e com a retomada das vendas, isso poderá ser traduzido em maiores remunerações aos colaboradores. É o que chamamos de ciclo virtuoso.
Como o cliente se beneficia disso tudo?
O cliente se beneficia de diversas maneiras. Ele ganha mais celeridade no atendimento (tempo é dinheiro!), menos burocracia com as assinaturas digitais e, claro, uma melhor experiência “de consumo”. Estando mais satisfeito, passa a ser “vendedor” da empresa, indicando a imobiliária a todos que, como ele, vierem a precisar de um corretor.
Como tudo na vida, as lições que o setor imobiliário aprendeu com os lockdowns só seriam verdadeiramente boas caso trouxessem “ganhos” reais para todos os lados envolvidos. Nesse caso, parece que foi exatamente isso que aconteceu.